huttunen olhava-a sem descanso, estava tam apaixonado que até lhe doia. resultava-lhe difícil manter-se sentado. amava-a tanto que lhe apetecia correr arredor da fogueira.
depois dos raposos aforcados seguim meio finesa e entrei-lhe ao moinheiro ouveador. nom guardei nengumha frasse especial deste romance. sim a história. gunnar -kunnari para a vizinhança- tem um moínho e gosta de ouvear polas noites. isso é-lhe suficiente a paasilina para desenvolver, muito eficazmente, a narraçom da intolerância.
os vizinhos da aldeia decidem que gunnar virou louco, pois a ver a quem se ocorre que se poda ouvear assim porque sim, e fam o possível por interná-lo em um hospital psiquiátrico -em realidade um manicómio, com toda a conotaçom negativa que lhe podemos dar à palavra-. kunnari só recebe a ajuda de sanelma, a trabalhadora do sindicato agrário que o namora, o polícia portimo, o carteiro piittisjarvi e um agente imobiliário estafador.
em cada um dos encontros que o protagonista tem com todas aquelas pessoas que o querem encerrar, este mostra tanta sanidade mental como os seus antagonistas, ou bem ao invês, as personagens vam mostrando como todos e cada umha somos um pouco loucas, ou quando menos, fazemos centos de cousas inexplicáveis a olhos das normas sociais. isto nom impede a persecuçom de kunnari por parte das forças vivas da comunidade.
gunnar serve-lhe ao narrador para ensinar-nos até que ponto pode chegar a crueldade das pessoas: o moinheiro pensava que se ele tovesse um doloroso tumor no peito seguro que o deixariam viver em paz, seria compadecido, seria ajudado e deixariam-lhe viver com a sua doença entre as demais pessoas. mas como a sua mente nom era como a dos demais, era marginado e apartado do resto dos seres humanos.
o protagonista tem que agachar-se nas montanhas, construindo refúgios que se volvem fogares com as suas manhas carpinterias. refúgios sucessivamente localizados e arrassados polos seus acosadores. dá-se no romance um claro contraste entre o protagonista-louco-criador e os antagonistas-sisudos-destrutores. os espaços também som significativos: o manicómio, a sua sujidade e escuridade, contrastam com a claridade dos esconderijos de gunnar.
ainda que a base da trama seja semelhante à do bosque dos raposos aforcados -protagonista que deve fugir e refugiar-se na montanha lapona-, a reflexom que desperta este romance é totalmente diferente. naquele governava a ironia e a retranca. neste, ainda que estám presentes, como nos episódios do agente imobiliário que se faz o doido ou o do carteiro e o alambique clandestino, desaparecem como elementos destacáveis. o que resta é a desesperança: se no bosque dos raposos, o refúgio faz emerger os bons sentimentos dos criminais, neste caso um simple gosto polo ouveo faz emerger os instintos animais daqueles que, supostamente, som os civilizados.
e o final, aberto e ambíguo, nom elimina o pouso de desacougo.
os vizinhos da aldeia decidem que gunnar virou louco, pois a ver a quem se ocorre que se poda ouvear assim porque sim, e fam o possível por interná-lo em um hospital psiquiátrico -em realidade um manicómio, com toda a conotaçom negativa que lhe podemos dar à palavra-. kunnari só recebe a ajuda de sanelma, a trabalhadora do sindicato agrário que o namora, o polícia portimo, o carteiro piittisjarvi e um agente imobiliário estafador.
em cada um dos encontros que o protagonista tem com todas aquelas pessoas que o querem encerrar, este mostra tanta sanidade mental como os seus antagonistas, ou bem ao invês, as personagens vam mostrando como todos e cada umha somos um pouco loucas, ou quando menos, fazemos centos de cousas inexplicáveis a olhos das normas sociais. isto nom impede a persecuçom de kunnari por parte das forças vivas da comunidade.
gunnar serve-lhe ao narrador para ensinar-nos até que ponto pode chegar a crueldade das pessoas: o moinheiro pensava que se ele tovesse um doloroso tumor no peito seguro que o deixariam viver em paz, seria compadecido, seria ajudado e deixariam-lhe viver com a sua doença entre as demais pessoas. mas como a sua mente nom era como a dos demais, era marginado e apartado do resto dos seres humanos.
o protagonista tem que agachar-se nas montanhas, construindo refúgios que se volvem fogares com as suas manhas carpinterias. refúgios sucessivamente localizados e arrassados polos seus acosadores. dá-se no romance um claro contraste entre o protagonista-louco-criador e os antagonistas-sisudos-destrutores. os espaços também som significativos: o manicómio, a sua sujidade e escuridade, contrastam com a claridade dos esconderijos de gunnar.
ainda que a base da trama seja semelhante à do bosque dos raposos aforcados -protagonista que deve fugir e refugiar-se na montanha lapona-, a reflexom que desperta este romance é totalmente diferente. naquele governava a ironia e a retranca. neste, ainda que estám presentes, como nos episódios do agente imobiliário que se faz o doido ou o do carteiro e o alambique clandestino, desaparecem como elementos destacáveis. o que resta é a desesperança: se no bosque dos raposos, o refúgio faz emerger os bons sentimentos dos criminais, neste caso um simple gosto polo ouveo faz emerger os instintos animais daqueles que, supostamente, som os civilizados.
e o final, aberto e ambíguo, nom elimina o pouso de desacougo.
Um comentário:
ESte gustoume moito.É tan galego....
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