para si que estudou em escola, o chao é um papel, tudo se escreve nele. para nós a terra é a boca, a alma de um búzio. o tempo é o caracol que enrola essa concha. encostamos o ouvido nesse búzio e ouvimos o princípio, quando tudo era antigamente.
e lim outro mais de mia couto, todo seguidinho e em menos tempo. se terra sonâmbula o lim aos poucos durante o verám, já devim pilhar-lhe o ponto, porque este devorei-no numha tarde de praia/noite de sofá.
o último voo do flamingo situa a acçom no tempo imediatamente posterior ao outro romance, com a guerra incivil de moçambique já acabada. umha missom da onu há de despraçar-se ao lugar de tizangara a investigar as mortes violentas dos capacetes azuis que cuidam da paz. o enviado da onu, o italiano massimo risi, com a ajuda do tradutor colocado polas autoridades [e narrador da história], acaba por desperceber todo e compreender nada e de má maneira desconsegue resolver o caso.
no último voo do flamingo está o mesmo mia couto de terra sonâmbula: a importância dada às estorias que entremetem as personagens, a mistura do mundo dos vivos e os mortos, algumhas personagens, como o administrador, a palavra entanto fundadora de novos mundo, novas vidas.
mas, ao contrário que terra sonâmbula, neste romance o protagonista é o humor, um humor retranqueiro colocado na própria trama da história e, sobretodo, nas palavras e atitudes dos habitantes de tizangara. um humor que eu encontrei semelhante ao galego, nessa atitude descreída e crente a um tempo: e por que as cousas nom ham de ser assim?
várias estórias deliciosas: a que dá título ao romance, mas também aquela de como foi a concepçom do narrador, ou a que conta de si o próprio italiano.
e do que mais gostei nesta obra foi de como o autor foi quem fazer crítica/romance social/político, mas com imaginaçom e com literatura. o romance nom deixa títere com cabeça: a nova administraçom neo-colonial, os interesses dos novos dirigentes do país, o labor das forças de paz da onu, o desvio de fundos da ajuda humanitária. mas faz tudo isso sem esquecer, ou tendo mui claro, que está a fazer literatura, polo que o livro nom semelha nem um panfleto nem o discurso maniqueo.
para ler. e rir. e pensar.
o último voo do flamingo situa a acçom no tempo imediatamente posterior ao outro romance, com a guerra incivil de moçambique já acabada. umha missom da onu há de despraçar-se ao lugar de tizangara a investigar as mortes violentas dos capacetes azuis que cuidam da paz. o enviado da onu, o italiano massimo risi, com a ajuda do tradutor colocado polas autoridades [e narrador da história], acaba por desperceber todo e compreender nada e de má maneira desconsegue resolver o caso.
no último voo do flamingo está o mesmo mia couto de terra sonâmbula: a importância dada às estorias que entremetem as personagens, a mistura do mundo dos vivos e os mortos, algumhas personagens, como o administrador, a palavra entanto fundadora de novos mundo, novas vidas.
mas, ao contrário que terra sonâmbula, neste romance o protagonista é o humor, um humor retranqueiro colocado na própria trama da história e, sobretodo, nas palavras e atitudes dos habitantes de tizangara. um humor que eu encontrei semelhante ao galego, nessa atitude descreída e crente a um tempo: e por que as cousas nom ham de ser assim?
várias estórias deliciosas: a que dá título ao romance, mas também aquela de como foi a concepçom do narrador, ou a que conta de si o próprio italiano.
e do que mais gostei nesta obra foi de como o autor foi quem fazer crítica/romance social/político, mas com imaginaçom e com literatura. o romance nom deixa títere com cabeça: a nova administraçom neo-colonial, os interesses dos novos dirigentes do país, o labor das forças de paz da onu, o desvio de fundos da ajuda humanitária. mas faz tudo isso sem esquecer, ou tendo mui claro, que está a fazer literatura, polo que o livro nom semelha nem um panfleto nem o discurso maniqueo.
para ler. e rir. e pensar.
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