sexta-feira, 12 de agosto de 2011

leituras demoradas: de cóleras e chocolates

gabriel garcía márquez: el amor en los tiempos del cólera. mondadori. barcelona 1999.
laura esquivel: como agua para chocolate. debolsillo. barcelona 2003.

o tempo nom deixou de passar por estas duas obras. forom escolhidas para ler no clube de leitura de papás e mamás do licéu. já tinha lido as duas há umha cheia de anos. a de garcía márquez guardava na memória o primeiro posto em preferências (descontado os cem anos, que som antológicos). da de esquivel guardava mais memória das imagens do filme, visionado no cinema yago de compostela que da narrativa, mas a memória era positiva e carinhosa. 
porém o tempo passou, a vida por mim e polos dous livros e a leitura já nom foi a mesma. odeio florentino ariza. nom sei como puidem gostar de semelhante machistada senimental. essa ideia de que podes ter um amor eterno, a um tempo folhar com quanta mulher se ponha diante, e ter a desfachatez de afirmar que te mantés virgem para a amada porque as outras nom tenhem valor. o que mais raiva me dá é pensar que na primeira leitura nom prestei atençom a isto, mas todo o contrário, ficou em mim a ideia de que o amor era isto que reflectia o romance. a posiçom do narrador tem a suficiente ambiguidade como para que a discusom no clube fosse se essa era a educaçom sentimental que defendia garcía márquez ou realmente ele quis denunciar esse concepto do amor e das relaçons entre homens e mulheres. como admiro garcía márquez, opto por defender o segundo.

o mesmo me aconteceu com o livro da esquivel. se isso é o amor, mamaínha!
e outra cousa encontrei em comum entre as duas obras: demasiados adjectivos. descubrim que agora mesmo prefiro os estilos menos barroquizantes. a singeleza narrativa é mais do meu gosto. e em ambas a obras tivem a sensaçom de adentrar-me numha selva rebordante de cheiros, aromas, cores e tactos, para mim de mais. vam-me mais os prados e as veigas. sem excessiva vegetaçom.

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