Agora sei. non hai horizonte nin retorno, tan só o vapor das pedras.
de francisco fernandez naval tinha lido un poemario, mar de lira, preciosamente acompanhado de fotografias de maribel longueira, que também acompanhou um outro poemário do que gostei imenso, o papagaio de luisa villalta. tenho no andel dos livros pendentes um dias de cera ao que ainda nom lhe entrei.
gostei deste minho, ainda que penso que me decepcionou algo, pois mar de lira me deixara un intenso bom sabor de boca. vê-se nisto o que influem os momentos de leitura na recepçom dumha obra, pois aquele poemário o lim depois de ter vivido em muros e de ter limpado chapapote nesse mesmo mar de lira. com o rio minho nom tenho essa relaçom empática.
minho nom é umha viagem a ourense, nem ao rio, mas à infância, à neinice do eu poético, que vai rehabitando espaços, momentos, pessoas, acompanhando-se do rumor do rio, porvezes perto, porvezes ao longe, porvezes gorgulhando nele directamente, e sempre presente. mas a viagem à neinice está feita desde o presente, tirando lecçons da vida vivida, recolocando pormenores na paisagem, percebendo o despercebido outrora. em muitos casos testemunhando a decepçom.
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