sábado, 6 de outubro de 2012

leituras demoradas: pérez galdós reload

almudena grandes: inés y la alegría. tusquets, barcelona 2010
                            el lector de julio verne. tusquets, barcelona 2012.

ambos os romances fam parte duma série de título episódios duma guerra interminável.
sim, e continua a guerra civil a encher-me os tempos leitores. ambos os romances som as primeiras entregas dum programa de seis romances que a autora se marcou, seguindo o caminho marcado por galdós na sua série episodios nacionales.
neste programa, a grandes decidiu abordar outros tantos factos históricos acontecidos durante a guerra e a posguerra que ficárom ensombrados ou esquecidos polo abrumador protagonismo doutros feitos e polos corenta anos de propaganda ditatorial.

pois bem, comecei lendo inês, que ficciona o acontecemento real da invasom de la vall d'arán polo exército que os exilados republicanos organizárom em frança apos a queda do nazismo. a escritora inventa uma protagonista, inês, irmã fugida dum governador fascista e acolhida polos guerrilheiros e, en volta dela, faz aparecer, actuar e falar a uma moreia de personagens históricas que explicam, justificam ou criticam o fluir dos acontecementos: basicamente, por que os aliados nom aproveitárom a fim da ii guerra mundial para botar a franco do poder. pareceu-me imensa a construçom da personagem (sublinho: da personagem) da pasionária, tam crível, tam autêntica e tam clariescura.  

a leitura foi engaiolante como para aguardar com vontade a segunda entrega.

e lim o leitor de júlio verne, no que a grandes recria o mundo dos maquis e das guerrilhas que suportárom anos do luita nas serras e montes de toda a espanha franquista. ela centra a sua história nas serras de jaén, porém sem esquecer e estender fios a outras zonas guerrilheiras como as do norte e as galegas. o protagonista, neste caso, é o filho dum guarda civil, que vive, desde o espazo fechado do quartel, uma luita interior entre o amor ao seu pai e a amizade com um moinheiro "suspeito" de rebelde. 

a leitura foi engaiolante como para racionar a leitura e alongá-la no tempo, e, claro é, aguardar com vontade a terceira entrega.

a sensaçom que me deixárom no corpo estes dous romances é que almudena grandes chegou. deu com o estilo perfecto para contar boas histórias e deu com umas tramas acaídas a esse estilo. dos seus livros anteriores que lim, deixou-me um pouso amargo, um regosto acedo, o barroquismo adjectivador, a sensaçom de que sobravam metáforas e símis. agora nom. a sua voz nom invade o texto, nom se desparrama sem controlo polos parágrafos. tem o ponto justo de contençom que atrapa a quem a lê. sim, aprendeu, e muito, de galdós.

penso que, na actualidade, esta mulher nom está chamada a ser, é já, uma das grandes escritoras da lingua castelhana, e penso que se nom foi declarada tal, é por esse -a que acompanha á palavra escritor e por esse guerra civil que marca o tema dos seus últimos livros.

outros livros que lim de esta autora:
castillos de cartón



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