segunda-feira, 17 de setembro de 2012

falando de livros

Lecturas no obligatorias.
nazaret também mercou o livro


wislawa szymborska: lecturas no obligatorias/más lecturas no obligatorias. ediçons alfabia. barcelona 2009/2012. traduçom de Manel Bellmunt Serrano.  

como nom encontrei poesia, merquei estes dous livros porque sim, por serem dela e com o risco de ficar decepcionada. 

e nom. 
a moscoscoia é deusa.
e para ela hei fazer uma estante privada na minha livraria.

estes dous livrinhos recolhem artigos em prosa que a poeta publicava numa revista de cracóvia em forma de coluna literária. eu digem para mim, que bem, vou ver de que literatura gostava esta mulher, que seguro descobro algum/a autor/a interessante. 
só que a maioria das obras resenhadas som das tradiçons eslavas e russa, das que, admito, conheço bem pouco. e como é que acabei um livro, e seguim com o outro e o acabei também? pois porque szymborska nom exerce de crítica literária, mas de leitora entusiasta. e resenha-o todo: desde o clássico greco-latino até o manual de auto-ajuda para ser feliz, passando pola guia de plantas de jardim. e em todos os casos sabe (des)animar-nos a ler com tanta retranca e tanto critério que comecei a pór-me verde de inveja porque já quigera eu escrever assim. 

o que mais invejei foi a sua aparente tranquilidade para desbotar aqueles livros que lhe parecem maus e a vontade de ler que nos dá aqueles dos que gosta. o papel é de mui boa qualidade, pode servir para empacotar presentes. e zás, acaba o artigo. 

e é certo também que aproveita boa parte dos livros para contar pequenas estórias que provavelmente som mais deliciosas que as obras resenhadas, mas como nom as lemos, nom podemos confirmar. há um artigo que começa relatando um potencial sonho do leitor: imagine vostede que sonha que desperta vivendo numa vila da idade meia... e narra todo o sonho: os encontros com a gente, os jantares, a vestimenta... para ao final afirmar se vostede sonhou isso é que nom leu o estupendo livro de fulanito que explica a vida quotidiana na idade meia, com as suas pulgas, os seus fedores e os seus caldos nojentos. tatachám!


enfim, uma deusa.



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