Quando hojendia, caminho por umha aldeia etíope levantada no meio das montanhas, corre atrás minha um grupo de crianças desfeito em risos e gozo; assinalam-me com o dedo e exclamam: Ferenchi! Ferenchi!, que significa, precisamente outro, estranho.
seguindo o meu roteiro pola obra de kapuscinski dei cabo, em meia tarde, dum pequeno opúsculo no que reflexiona sobre a alteridade. o livrinho recolhe o conteúdo de quatro conferências oferecidas em lugares diversos com o tema comum do outro.
nestas quatro conferências, aqui capítulos, kapuscinsiki percorre a história dos encontros entre Nós [eus] europeus e os Outros [os nom europeus] que polo mundo andam. conta como essa história de encontros está marcada em grande medida pola resoluçom violenta e para a dominaçom. mas também dá conta das tentativas dun encontro com o outro partindo do diálogo e a apertura, contando histórias como a de malinowski, ou teorias filosóficas como a de lèvinas.
duas ideias centrais:
e umha reflexom final que atinge ao mundo literário: a literatura actual foge do tema do encontro co outro. nom lhe interessa. questiona kapuscinski o feito de que nom houvesse escritores ocidentais quando a queda do sha, por exemplo, ou quando a guerra do golfo para viver, reflexionar e escrever sobre o encontro com o outro, quando este encontro, violento, está a marcar o rumo da vida mundial: há um desencontro absoluto da literatura com os dramas que sacodem o mundo perante os nossos olhos, a sua resignaçom a deixar o relato dos grandes acontecimentos em maos dos cámaras de televisom e os técnicos de som, constitui, ao meu parecer, umha manifestaçom da profunda crise que vivem as relaçons entre linha histórica e literatura, um sintoma da impotência da literatura perante os fenômenos do mundo contemporâneo.
Para pensar.
nestas quatro conferências, aqui capítulos, kapuscinsiki percorre a história dos encontros entre Nós [eus] europeus e os Outros [os nom europeus] que polo mundo andam. conta como essa história de encontros está marcada em grande medida pola resoluçom violenta e para a dominaçom. mas também dá conta das tentativas dun encontro com o outro partindo do diálogo e a apertura, contando histórias como a de malinowski, ou teorias filosóficas como a de lèvinas.
duas ideias centrais:
- a base da identidade das persoas e dos povos é a dicotomia eu-outro. somos em funçom dos outros, somos relaçom. o outro nom é mais que um espelho que precisamos para conhecermo-nos, que nos reflicte como realmente somos. um exemplo: o próprio kapuscinski conta como ele nom foi consciente da sua cor de pele até ver-se entre gente de cor diferente, porque a sua cor marcava as relaçons, para bem e para mal.
- defrontar-se ao outro, encontrar-se com ele, nom é um caminho fácil. implica dúvidas, incomodos, malestar, porque implica pór em questom a própria identidade. o caminho fácil e cómodo é o da ignorância, o do despreço, o do isolamento.
e umha reflexom final que atinge ao mundo literário: a literatura actual foge do tema do encontro co outro. nom lhe interessa. questiona kapuscinski o feito de que nom houvesse escritores ocidentais quando a queda do sha, por exemplo, ou quando a guerra do golfo para viver, reflexionar e escrever sobre o encontro com o outro, quando este encontro, violento, está a marcar o rumo da vida mundial: há um desencontro absoluto da literatura com os dramas que sacodem o mundo perante os nossos olhos, a sua resignaçom a deixar o relato dos grandes acontecimentos em maos dos cámaras de televisom e os técnicos de som, constitui, ao meu parecer, umha manifestaçom da profunda crise que vivem as relaçons entre linha histórica e literatura, um sintoma da impotência da literatura perante os fenômenos do mundo contemporâneo.
Para pensar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário