quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

maus

art spiegelman: maus. relato de un superviviente. random house mondadori s.a. barcelona 2007.

Venho de ler maus, de art spiegelman. Tinha vontade desde o ano passado, em que alguém falou dele numha sessom de doutoramento.
Gostei. Muito. De duas cousas especialmente:
da transfiguraçom das personagens en animais, ratos os judeus, gatos os nazis, ironizando com o desprezo do nacismo cara a figura de mickie mouse (assim o percebim eu);
e dos choutos de narradores e espaços, mudando a cada pouco do próprio spiegelman (artie) ao pai, de nova york a auswicht, da actualidade aos anos da II guerra. Porque estas mudanças, a presença explícita dos desecendentes de quen viveu o holocausto, fai-nos ver muito claramente que os horrores da guerra e o genocídio nom desaparecem com a geraçom que os viveu/sofriu, mas continuam, de nom ser trabalhada a sua superaçom, naquelas geraçons que chegam detrás. Os mortos devem de ser exorcizados.
Assim nos vai aqui.
Também me pareceu mui acertada a maneira em que reflicte o autor as múltiplas reacçons humanas perante a violência desatada contra elas: o pai, a nai, outros membros da família; a tristeza permanente, a raiva, a culpa, a rendiçom, a luita...

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